É terrível não ter controle sobre
si mesmo. Não desejo a ninguém a experiência de conviver com crises de tensão
repentinas onde a respiração é desregulada, o coração tenta sair pela boca, a
cabeça explode e você tem a breve sensação que vai morrer. Imagine lidar com
isso semanal e, ás vezes, diariamente?
Muitos dizem que doenças
psicológicas são “frescura” e “doença de rico”. Outros chegam ao ponto de
afirmar que as vítimas de tais enfermidades são loucas por, em alguns casos,
necessitarem de tratamento psiquiátrico. Sei que tais julgamentos derivam, em
sua maioria, da ausência de conhecimento sobre a problemática. Porém, em pleno
século XXI, onde transtornos mentais são considerados os males do centenário,
não procurar entender o que são eles e como eles funcionam é, simplesmente, falta de interesse.
Sinto muito caso eu esteja sendo
ignorante com você, leitor. No entanto, tente entender minha (e a de tantos
outros) posição: lidar com tais disfunções psíquicas não é e nunca foi fácil. Não
é algo agradável estar bem e, do nada, começar a sentir-se mal. Não é legal
acreditar, por um período de tempo, que você é a pior pessoa do universo porque
você vive remoendo momentos torturantes de sua vida. Não é divertido ser refém de
si mesmo.