Disciplina. Sobrecarga. Esforço. Esses são alguns símbolos do capitalismo contemporâneo. Em decorrência da dinâmica mundial desse modelo, há uma exigência excessiva de produtividade máxima sobre o cidadão. Isso pode gerar, futuramente, o colapso do ser humano.
Os Estados Unidos, representação suprema do capitalismo, possuem uma cultura totalmente voltada para a submissão ao trabalho. Devido a sua tradição protestante, ocorre uma imposição social sobre o indivíduo a fim de que ele seja servo do sistema. Prova disso é o fato de que o trabalhador ianque hesita em solicitar férias, pois teme ser taxado de preguiçoso e perder o seu emprego. A dinâmica estadunidense, no entanto, está presente em todo o planeta. Objetivando potencializar a mais-valia, o modelo capitalista demanda mais do que é necessário do ser humano e esse, para se encaixar no modelo, consente a existência desse exploração ao permitir a supressão dos seus direitos trabalhistas.
O advento do capitalismo convulsionou o mundo ao implementar a revolução tecnico-científica. Essa nova conjuntura passou a exigir uma maior qualificação por parte do ser humano e esse, buscando se enquadrar no funcionalismo mundial, cumpre tal outorgação. Contudo, muitos extrapolam o limite físico e mental de si mesmos ambicionando serem os melhores dentre os demais, algo que, futuramente, os esgotará. Reflexo disso é o costume que alguns estudantes possuem de consumir excessiva e indiscriminadamente medicamentos. Alguns desses são a Anfetamina, que reduz o nível de sono, e a Ritalina, que expande a concentração do indivíduo. Entretanto, tais fármacos, respectivamente, podem causar dependência e são indicados apenas para pessoas com deficit de atenção.
O funcionalismo capitalista gera a sobrecarga do indivíduo. Logo, é necessário que os Sindicatos fiscalizem e avaliem as relações trabalhistas dentro de empresas a fim de evitar a exploração do empregador. Além disso, é preciso que o ser humano, através de tratamento psicológico, reduza esse abuso que ele comete contra si mesmo. Tais medidas permitirão o desenvolvimento de uma sociedade menos conturbada.
"Estou cansado de pessoas romantizando o esforço excessivo. Exaustão não é o novo chique. Café (uma deliciosa necessidade) não compõe um grupo alimentar e fumar não é admirável. Porque colocamos pedestais em noites mal dormidas, separações e agitações internas? Essas são as coisas pelas quais devemos realmente aspirar por? Cuidados com si mesmo; equilíbrio; a habilidade de saber quando seu corpo, sua mente e seu espírito precisam descansar. Essas são as coisas que deveríamos admirar. Nós precisamos parar de borrar a linha entre "comprometimento" e "colocar-se em perigo", pois muitas pessoas se apagam antes de terem a chance de brilhar verdadeiramente." (tradução livre por mim)