quinta-feira, 2 de junho de 2016

A exigência de desempenho feita, hoje, aos indivíduos


Disciplina. Sobrecarga. Esforço. Esses são alguns símbolos do capitalismo contemporâneo. Em decorrência da dinâmica mundial desse modelo, há uma exigência excessiva de produtividade máxima sobre o cidadão. Isso pode gerar, futuramente, o colapso do ser humano.

Os Estados Unidos, representação suprema do capitalismo, possuem uma cultura totalmente voltada para a submissão ao trabalho. Devido a sua tradição protestante, ocorre uma imposição social sobre o indivíduo a fim de que ele seja servo do sistema. Prova disso é o fato de que o trabalhador ianque hesita em solicitar férias, pois teme ser taxado de preguiçoso e perder o seu emprego. A dinâmica estadunidense, no entanto, está presente em todo o planeta. Objetivando potencializar a mais-valia, o modelo capitalista demanda mais do que é necessário do ser humano e esse, para se encaixar no modelo, consente a existência desse exploração ao permitir a supressão dos seus direitos trabalhistas.


O advento do capitalismo convulsionou o mundo ao implementar a revolução tecnico-científica. Essa nova conjuntura passou a exigir uma maior qualificação por parte do ser humano e esse, buscando se enquadrar no funcionalismo mundial, cumpre tal outorgação. Contudo, muitos extrapolam o limite físico e mental de si mesmos ambicionando serem os melhores dentre os demais, algo que, futuramente, os esgotará. Reflexo disso é o costume que alguns estudantes possuem de consumir excessiva e indiscriminadamente medicamentos. Alguns desses são a Anfetamina, que reduz o nível de sono, e a Ritalina, que expande a concentração do indivíduo. Entretanto, tais fármacos, respectivamente, podem causar dependência e são indicados apenas para pessoas com deficit de atenção.

O funcionalismo capitalista gera a sobrecarga do indivíduo. Logo, é necessário que os Sindicatos fiscalizem e avaliem as relações trabalhistas dentro de empresas a fim de evitar a exploração do empregador. Além disso, é preciso que o ser humano, através de tratamento psicológico, reduza esse abuso que ele comete contra si mesmo. Tais medidas permitirão o desenvolvimento de uma sociedade menos conturbada.



"Estou cansado de pessoas romantizando o esforço excessivo. Exaustão não é o novo chique. Café (uma deliciosa necessidade) não compõe um grupo alimentar e fumar não é admirável. Porque colocamos pedestais em noites mal dormidas, separações e agitações internas? Essas são as coisas pelas quais devemos realmente aspirar por? Cuidados com si mesmo; equilíbrio; a habilidade de saber quando seu corpo, sua mente e seu espírito precisam descansar. Essas são as coisas que deveríamos admirar. Nós precisamos parar de borrar a linha entre "comprometimento" e "colocar-se em perigo", pois muitas pessoas se apagam antes de terem a chance de brilhar verdadeiramente." (tradução livre por mim)