É estranho pensar uma pessoa nunca leu uma série de livros tão famosa quanto Harry Potter foi e continua sendo no cenário da cultura pop mundial. Porém, acredite se quiser, mas eu, oficialmente, só li o livro agora em 2018. Tive o primeiro contato com a estória em 2009 e tentei arduamente ingressar naquele universo, mas eu e o livro não estávamos na mesma sintonia naquele momento.
Após nove anos, em uma conversa com amigas, chegamos ao assunto "Harry Potter" e eu, que nunca tinha lido os livros nem assistido os filmes, não pude contribuir muito para o debate. Papo vai, papo vem, e uma delas me diz para fazer o teste do chapéu seletor para saber em qual casa da tão famosa Escola de Bruxaria de Hogwarts eu estava e, creem em mim ou não, foi isso que gerou a minha vontade de dar uma nova chance ao mundo de J. K. Rowling - aliás, sou Sonserina - e, agora, quero registrar a leitura aqui no blog.
A estória gira em torno de Harry Potter, um menino que, após morar por terríveis onze anos na casa de seus tios "trouxas", descobre, em seu décimo primeiro aniversário, que é um bruxo e possuía uma carta-convite para treinar suas habilidades em uma das escolas mais renomadas do universo mágico: Hogwarts. Com o passar do livro, vemos ele se aventurar nesse novo universo ao participar de treinos de quadribol, aprender a preparar poções, descobrir o que aconteceu com seus pais, se meter em confusões e lutar para que a pedra filosofal não caia nas mãos erradas.
Primeiramente, eu tenho que falar de um detalhe do livro que me impediu, por muito tempo, de dar continuidade à saga em momentos anteriores: os capítulos iniciais conseguem ser bem maçantes. Não consigo explicar o porquê, só consigo dizer que foi algo que senti em todas as minhas tentativas. Contudo, dessa vez resisti e pude chegar aos capítulos em que o enredo começa a ficar bem interessante.
Magia sempre foi uma temática em que o ser humano teve curiosidade e, de certa forma, muito preconceito por bastante tempo. Todavia, Rowling consegue se apropriar do interesse e cria um macrocosmo no qual tudo é bem interligado e apresenta um sentido agregador ao desenvolvimento - sério, teve um comeback do início do livro ela fez quando eu estava além da metade que eu pensei "caraca, que genial".
Declaro que, em relação aos personagens, fiquei bem intrigada com a personalidade de cada um e me questionei bastante a escolha das casas de cada um. Particularmente falando, acho que Rony e Neville pertenciam muito mais a Lufa Lufa do que a Grifinória (pelo espírito bondoso e altruísta) e Hermione deveria ser Corvinal. Não questionarei a casa do Harry porque há outros fatores envolvidos nisso, mas não posso deixar de expor que ele, para mim, transita entre Grifinória e Sonserina. Porém, espero que os próximos livros me ofereçam argumentos para quebrar essas ideias.
Duas características que eu gostei bastante no enredo foram: o currículo que Hogwarts oferece a seus alunos. Apesar das chatas aulas de História da Magia, deve ser sensacional aprender a preparar poções e a se defender das artes das trevas; os ensinamentos que a trama expõe são incríveis - principalmente pensando na perspectiva de que a literatura é indicada para o público infanto-juvenil. Em um livro só, aprendemos sobre amizade, trabalho em equipe, lealdade e sobre resiliência.
Diante disso, assumo que a saga de J.K. Rowling me deixou encantada - apesar das faltas que a autora tem cometido nos últimos tempos com os fãs. Pude enxergar bem os motivos pelos quais a vida de Harry Potter foi e continua sendo uma febre no mundo inteiro. Espero não me decepcionar com o próximo livro. Assim, deixo aqui o trecho do livro que abalou meu âmago e, por isso, é o meu favorito:
"O espelho vai ser levado para uma nova casa amanhã, Harry, e peço que você não volte a procurá-lo. Se algum dia o encontrar, estará preparado. Não faz bem viver sonhado e se esquecer de viver, lembre-se."
Para acompanhar minhas leituras, me siga no meu perfil do Skoob.
Duas características que eu gostei bastante no enredo foram: o currículo que Hogwarts oferece a seus alunos. Apesar das chatas aulas de História da Magia, deve ser sensacional aprender a preparar poções e a se defender das artes das trevas; os ensinamentos que a trama expõe são incríveis - principalmente pensando na perspectiva de que a literatura é indicada para o público infanto-juvenil. Em um livro só, aprendemos sobre amizade, trabalho em equipe, lealdade e sobre resiliência.
"O espelho vai ser levado para uma nova casa amanhã, Harry, e peço que você não volte a procurá-lo. Se algum dia o encontrar, estará preparado. Não faz bem viver sonhado e se esquecer de viver, lembre-se."
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