sábado, 21 de maio de 2016

A submissão feminina na contemporaneidade


 Marie Curie. Ruby Bridges. Malala Yousafsay. Essas são algumas mulheres que foram contra os padrões femininos de suas culturas e revolucionaram a visão que o mundo tinha dos indivíduos do sexo feminino. No entanto, apesar da condição da mulher ter melhorado, a submissão feminina ainda existe devido a fatores históricos e culturais.

 A década de 60 "rompeu" com o modelo imposto às mulheres. Nesse momento, um movimento expôs o desejo feminino de exercer funções que iam além do ambiente familiar. Como reflexo disso, hoje os indivíduos do sexo feminino possuem diversos direitos que não usufruíam decênios atrás. Contudo, as figuras femininas ainda permanecem com o dever de cuidar da casa e dos filhos e de satisfazer o companheiro, assim configurando um quadro de subordinação feminina aos parâmetros sociais. Em conformidade com isso, uma professora de um dos programas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística afirmou que as mulheres realizaram uma revolução de gênero pela metade. 


 A história de Malala Yousafsay mostrou ao mundo que há muitas mulheres que apresentam suas garantias suprimidas. A garota sofreu um ataque terrorista pois fora contra a proibição de indivíduos do sexo feminino ao acesso à educação. Isso é um quadro frequente em nações africanas, asiáticas e do Oriente Médio. Em decorrência da cultura arcaica, machista e fechada para as "inovações" do ocidente, muitas figuras femininas desses países sofrem com a inexistência de direitos básicos, como o de votar e o de estudar. Além disso, elas toleram práticas culturais abusivas, como mutilação genital, o que evidencia a sua sujeição a normas que contrariam os direitos humanos.

 A subalternidade feminina atual deriva de questões culturais e históricas. Logo, é preciso que as escolas, através de palestras e debates, mostrem a seus alunos a importância do movimento feminista e os incentive a lutar por direitos iguais para todos os gêneros. Além disso, é necessário que adolescentes e adultos politizados utilizem a internet para pressionar órgãos internacionais a fim de que eles intervenham nas atrocidades existentes contra os indivíduos do sexo feminino no mundo oriental. Tais medias permitirão que, não só as mulheres, mas também todos tenham liberdade, pois, como diria Simone de Beauvoir, "Querer ser livre é querer livres os outros".